Topo

Paola Machado

Não é só estética: veja motivos de saúde para combater a obesidade

Paola Machado

19/07/2019 04h00

Crédito: iStock

Quando pensamos em doenças crônicas, falamos de problemas que teremos de controlar a vida toda.

Darei um exemplo meu. Tenho uma patologia crônica — que tem controle e não tem cura — que lesiona as minhas costelas com frequência. Em um primeiro momento isso poderia me desmotivar. Porém, tenho que levantar todo o santo dia e enfrentar meu problema, enfrentar o que eu sei que terei que controlar minha vida toda. Isso faz com que eu treine mais para fortalecer meus músculos e, em contrapartida, viver com mais saúde.

Trabalho com pessoas que têm obesidade desde 2007. São anos vendo histórias, descobrindo o que desencadeou o ganho de peso nos pacientes e estudando diferentes formas de combater, agir e controlar o problema. Sei o quanto a patologia é séria, pois é crônica, inflamatória e multifatorial. E também sei como a grande maioria das pessoas que tem obesidade severa sofre, pois o problema não é só fisiológico e metabólico e também compromete movimentações simples, como caminhar (tenho pacientes que chegam com andadores ou cadeiras de rodas), deitar ou subir em uma maca, sentar e levantar de uma cadeira.

Entramos em uma questão séria. Que compromete tanto o estado metabólico quanto questões simples de locomoção. Eu também sei que tem pessoas que sofrem de obesidade e relatam que estão 100% "saudáveis" metabolicamente e fisicamente, porém o excesso de gordura corporal quando não tratado pode levar a sérios problemas de forma muito brusca no futuro e comprometer gravemente o organismo.

O excesso de gordura corporal é uma condição que devemos combater pela nossa saúde, está associada a problemas como diabetes, infarto, AVC, câncer, esteatose hepática, depressão. Reforço aqui que, como profissional, quero prezar  pelo bem-estar do meu leitor, porque a minha escolha pela profissão visa melhorar a saúde das pessoas e ajudar a enxergar o quanto algumas condições, quando não enfrentadas, podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, seguem alguns motivos para você combater a patologia.

Saúde dos seus filhos

A saúde é especialmente importante no início da vida, pois isso afeta seu organismo mais tarde. De fato, muito pode ser determinado enquanto o feto ainda está no útero.

As escolhas de alimentação e estilo de vida de uma mãe são muito importantes e podem influenciar o comportamento futuro e a composição corporal de um bebê. Da mesma forma, as crianças que têm pais e avós que são obesos são muito mais propensas a ser obesas do que crianças com pais e avós com peso normal. Além disso, os genes que você herdou de seus pais podem determinar sua suscetibilidade ao ganho de peso.

Embora a genética e os fatores iniciais da vida não sejam exclusivamente responsáveis ​​pela obesidade, eles contribuem para o problema ao predispor as pessoas ao ganho de peso. Cerca de 40% das crianças com excesso de peso continuarão a ser pesadas durante a adolescência e 75% a 80% dos adolescentes com obesidade manterão essa condição até a idade adulta.

Podem existir fatores genéticos que dificultam o processo de emagrecimento, mas isso não quer dizer que o emagrecimento não vá acontecer e, sim, que pode ser um pouco mais difícil. Um estudo da UNIFESP notou que mesmo os adolescentes que tinham alterações genéticas conseguiram emagrecer, apesar de menos. Além do mais, eles tiveram diversos benefícios na saúde, como aumento de massa magra e redução de gordura visceral. Isso reforça que a pessoa com alteração genética pode ter mais dificuldade, mas continuam tendo resultados.

A carga genética tem sim um papel importante, porém ela não é determinante. Não é a carga genética que vai definir se você irá emagrecer ou não, ela só ajudará ou dificultará o processo de emagrecimento. 

Síndrome metabólica

A síndrome metabólica é considerada como uma doença crônica. Ela é caracterizada por um conjunto de alterações metabólicas, que incluem glicemia elevada ou diabetes mellitus, excesso de colesterol ou triglicérides no sangue, redução de HDL-c, elevação de pressão arterial e excesso de gordura na região abdominal.

A combinação de todas essas alterações é denominada de síndrome metabólica, e a sua presença aumenta o risco de doenças cardiovasculares e mortalidade. Portanto, o controle precisa ser realizado tão logo se diagnostique qualquer uma dessas alterações.

O principal fator envolvido no desenvolvimento da síndrome metabólica é a obesidade –e, consequentemente, todos os fatores que levam ao acúmulo de gordura corporal, como ingestão alimentar hipercalórica, sedentarismo, ingestão excessiva de açúcar e gorduras.

Resistência à insulina

Fazendo um gancho, a síndrome metabólica está relacionada a resistência à insulina. O hormônio é responsável por transportar a glicose (açúcar) até as células, para que ela seja utilizada como combustível. Receptores de insulina em seus músculos funcionam como um sistema de "chave-fechadura": as ligações de insulina em um receptor de insulina viram a chave e permitem que o açúcar entre no músculo. Mas, com a resistência à insulina, o hormônio não pode abrir a porta. Isso faz com que pessoas com síndrome metabólica não consigam captar açúcar em seus músculos de forma tão eficiente quanto alguém sem a condição.

Esteatose hepática não alcoólica

A EHNA é  uma manifestação hepática da síndrome metabólica, que caracteriza-se pela presença de gordura no hepatócito, que são as células encontradas no fígado capazes de sintetizar proteínas. Ela pode variar em esteatose hepática simples, esteatose-hepatite não alcoólica, cirrose e hepatocarcinoma (câncer).

Também conhecida por doença hepática gordurosa, gordura no fígado ou fígado gorduroso, a condição é cada dia mais comum, podendo atingir 50% dos diabéticos, 57% a 74% dos obesos e até 90% dos obesos mórbidos.

Os mecanismos envolvidos no desenvolvimento e progressão da esteatose não são bem esclarecidos. Porém, a resistência à insulina, o estado inflamatório, o sobrepeso, o diabetes, fatores genéticos, má alimentação, perda de peso muito rápida e o estilo de vida sedentário são gatilhos para o desenvolvimento dessa patologia.

Retração cerebral

Um estudo ano analisou imagens cerebrais e relacionou que níveis mais altos de composição de gordura corporal estão  relacionados a quantidades reduzidas de massa cinzenta –uma área do cérebro que contém células nervosas.

Essa retração de volume cerebral pode estar relacionada ao risco aumentado de declínio da memória e demência. Mesmo sendo esses achados recentes, já está evidenciado que a obesidade pode afetar o cérebro em vários aspectos, como o aumento da compulsão.

Existe uma região cerebral chamada córtex órbito frontal, que é responsável pelo impulso. Em crianças obesas, essa região parece estar mais encolhida em comparação com crianças saudáveis. E, quanto menor essa região cerebral, maior a probabilidade de os adolescentes comerem compulsivamente. A obesidade é conhecida por causar alterações no sistema imunológico, aumentando a inflamação no corpo. Esse aumento da inflamação pode afetar o cérebro e levar a um ciclo vicioso, em que a obesidade gera uma inflamação que danifica certas partes do cérebro, o que leva a uma alimentação mais desequilibrada.

Além disso, reduz a saciedade, pode levar a problemas psiquiátricos, compulsão alimentar por reação ao estresse e perda de memória em mulheres após a menopausa.

Resistência à leptina

A leptina é um hormônio muito importante que ajuda a regular o apetite e o metabolismo. É produzido pelas células adiposas e envia um sinal para a parte do cérebro que lhe sinaliza que está saciado.

Quanto mais gordura contém nas células de gordura, mais leptina elas produzem. Pessoas com obesidade produzem muita leptina, levando a um quadro que chamamos de hiperleptinemia, que é uma condição que leva a resistência à leptina.

Assim, mesmo que seu corpo produza muita leptina, seu cérebro não a reconhece. Quando seu cérebro não recebe o sinal da leptina, ele erroneamente acha que está morrendo de fome, mesmo que tenha mais gordura corporal armazenada do que o suficiente.

Isso faz com que seu cérebro mude a fisiologia e o comportamento. Tentar exercer força de vontade contra o sinal de fome dirigido pela leptina é quase impossível para muitas pessoas.

Referência:
– Cordosinho, F.C.; et al. LEPR polymorphism may affect energy balance during weight loss among Brazilians obese adolescents. Neuropeptides. Volume 66, December 2017, Pages 18-24. doi: 10.1016/j.npep.2017.07.007
– de Toro-Martín J, Arsenault BJ, Després JP, Vohl MC. Precision Nutrition: A Review of Personalized Nutritional Approaches for the Prevention and Management of Metabolic Syndrome. Nutrients. 2017 Aug 22;9(8).
– MASQUIO, D. C. L.; DE PIANO-GANEN, A. ; OYAMA, L. M. ; CAMPOS, RAQUEL M.S. ; SANTAMARINA, A. ; DE SOUZA, G. ; GOMES, A. D. ; MOREIRA, R. G. ; CORGOSINHO, F. C. ; OLLER DO NASCIMENTO, C. M. ; TOCK, L. ; TUFIK, S. ; DE MELLO, M. T. ; DÂMASO, A.R. . The role of free fatty acids in the inflammatory and cardiometabolic profile in adolescents with metabolic syndrome engaged in interdisciplinary therapy. Journal of Nutritional Biochemistry , v. 33, p. 136-144, 2016.
– MASQUIO, D. C. L.; DE PIANO, A. ; CAMPOS, R. M. S. ; SANCHES, P. L. ; CARNIER, J. ; CORGOSINHO, F. C. ; NETTO, B. D. M. ; CARVALHO-FERREIRA, J. P. ; OYAMA, L. M. ; OLLER DO NASCIMENTO, C. M. ; TOCK, L. ; DE MELLO, M. T. ; TUFIK, S. ; DÂMASO, A. R. . Reduction in saturated fat intake improves cardiovascular risks in obese adolescents during interdisciplinary therapy. International Journal of Clinical Practice (Esher) , v. 69, p. 560-570, 2015.
– MASQUIO, D. C. L.; DE PIANO, A. ; SANCHES, PRISCILA L. ; CARNIER, J. ; CORGOSINHO, F. C. ; NETTO, B. D. M. ; CARVALHO-FERREIRA, J. P. ; OYAMA, L. M. ; NASCIMENTO, C. O. ; DE MELLO, M. T. ; TUFIK, S. ; DÂMASO, A. R. . The role of multicomponent therapy in the metabolic syndrome, inflammation and cardiovascular risk in obese adolescents. British Journal of Nutrition , v. 113, p. 1920-1930, 2015.
– MASQUIO, D. C. L.; PIANO, A. ; SANCHES, P. L. ; CORGOSINHO, F. C. ; CAMPOS, R. M. S. ; CARNIER, J. ; SILVA, P. L. ; CARANTI, D.A. ; TOCK, L. ; OYAMA, L. M. ; NASCIMENTO, C. O. ; MELLO, M. T. ; TUFIK, S. ; DÂMASO, A.R. . The effect of weigh loss magnitude on pro/antiinflammatory adipokines and carotid intima-media thickness in obese adolescents engaged in interdisciplinary therapy. Clinical Endocrinology (Oxford. Print) , v. 79, p. 55-64, 2013.
– DE PIANO, A. ; MASQUIO, D. C. L. ; DÂMASO, A. R. . The effects of soy products and isoflavones in metabolic syndrome and non-alcoholic fatty liver disease. In: Ronald Ross Watson e Victor R. Preedy. (Org.). Bioactive Food as Dietary Interventions for Diabetes. 2ed.London: Elsevier, 2019, v. 1, p. 121-136.
– MASQUIO, DEBORAH C.L.; CAMPOS, R. M. ; CORGOSINHO, FLAVIA C ; VICENTE, S. E. C. F. ; KRAVCHYCHYN, A. C. P. ; DE PIANO GANEN, ALINE ; DÂMASO, A. R. . The role of diet in systemic and neural inflammation and metabolic syndrome. In: WATSON, R.R.; ZIBADI, S.. (Org.). Handbook of nutrition in healt health. 1ed.: Wageningen Academic Publishers, 2017, v. , p. 131-166.
– MASQUIO, D. C. L.; NETTO, B. D. M. ; CORGOSINHO, F. C. ; DÂMASO, ANA R. . Dietary Therapies on Obesity and Metabolic Syndrome in Adolescents: The Role of Nutrigenetic, Nutrigenomic and Food Compounds. In: Cedric Freeman. (Org.). Mediterranean Diet and Dietary Therapies: Food Sources, Role in the Prevention of Cardiovascular Disease and Other Health Benefits. 1ed.N.Y.: Nova Publisher, 2014, v. , p. 33-90.
– Finicelli M, Squillaro T, Di Cristo F, Di Salle A, Melone MAB, Galderisi U, Peluso G. Metabolic syndrome, Mediterranean diet, and polyphenols: Evidence and perspectives. J Cell Physiol. 2019 May;234(5):5807-5826. doi: 10.1002/jcp.27506.
– Samson SL, Garber AJ. Metabolic syndrome. Endocrinol Metab Clin North Am. 2014 Mar;43(1):1-23.
– Boulangé CL, Neves AL, Chilloux J, Nicholson JK, Dumas ME. Impact of the gut microbiota on inflammation, obesity, and metabolic disease. Genome Med. 2016 Apr 20;8(1):42. doi: 10.1186/s13073-016-0303-2.
– de la Iglesia R, Loria-Kohen V, Zulet MA, Martinez JA, Reglero G, Ramirez de Molina A. Dietary Strategies Implicated in the Prevention and Treatment of Metabolic Syndrome. Int J Mol Sci. 2016 Nov 10;17(11).
– Martínez-Fernández L, Laiglesia LM, Huerta AE, Martínez JA, Moreno-Aliaga MJ. Omega-3 fatty acids and adipose tissue function in obesity and metabolic syndrome. Prostaglandins Other Lipid Mediat. 2015 Sep;121(Pt A):24-41.
– Nutrição e exercício na prevenção de doenças. Segunda edição. Ana Dâmaso. Cap. 13 com colaboração de Aline de Piano Ganen, Lian Tock e Ana Dâmaso. Guanabara Koogan. 2012.
– Ayonrinde, O.T.; et al. Gender-specific differences in adipose distribution and adipocytokines influence adolescent nonalcoholic fatty liver disease. Hepatology. 2011.
– Capanni, M.; et al. Prolonged n-3 poly-unsaturated fatty acid supplementation ameliorates hepatic steatosis in patients with non-alcoholic fatty liver disease: a piloto study. Alimentação Pharmacol The. 2006.
– Cotrim, H.P; et al. Nonalcoholic fatty livre disease in Brazil: clinicas and histological profile. Ann Hepatol. 2011.
– Damaso, A.R.; et al. Relationship between nonalcoholic fatty liver disease prevalence. Dig Liver Dis. 2008.
– de Melo MT, de Piano A.; et al. Long-term effects of aeróbicos plus resistance training on the metabolic syndrome and adiponectinemia in obesa adolescents. J Clin Hypertens (Greenwich). 2011.
– de Melo MT, de Piano A.; et al. The role of nutricional profile in the orexigenic neuropeptide secreto in nonalcoholic fatty liver disease obese adolescents. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2010.
– de Melo MT, de Piano A.; et al. Obesidade e esteatose hepática não alcoólica. In: Dâmaso A. Obesidade. Segunda edição. São Paulo: Guanabara Koogan. 2009.
– Huang, M.A.; et al. One-year intenso nutricional counseling results in histological improvement in patients with non-alcoholic steatihepatitis: a piloto study. Am J Gastroenterol. 2005.
– Tock, L.; et al. Non-alcoholic fatty liver disease in obese adolescents after multidisciplinary therapy. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2006.
– Dekkers, I.A.; et al. Obesity, Brain Volume, and White Matter Microstructure at MRI: A Cross-sectional UK Biobank Study. Radiology. 2019.
– Hamer, M.; et al. Association of body mass index and waist-to-hip ratio with brain structure. Neurology journal. February 05, 2019; 92 (6).
– Stice, E.; et al. Weight Gain Is Associated with Reduced Striatal Response to Palatable Food. Journal of Neuroscience 29 September 2010, 30 (39) 13105-13109.
– Miller, A.L.; et al. Neurocognitive Processes and Pediatric Obesity Interventions: Review of Current Literature and Suggested Future Directions. Pediatr Clin North Am. Author manuscript; available in PMC 2017 Jun 1.
– Davidson, T. L. (2014). Do impaired memory and body weight regulation originate in childhood with diet-induced hippocampal dysfunction? The American Journal of Clinical Nutrition, 99(5), 971–972. http://doi.org/10.3945/ajcn.114.086462
– Davidson, T. L., Hargrave, S. L., Swithers, S. E., Sample, C. H., Fu, X., Kinzig, K. P., & Zheng, W. (2013). Inter-relationships among diet, obesity and hippocampal-dependent dognitive function. Neuroscience, 253, 110–122. http://doi.org/10.1016/j.neuroscience.2013.08.044
– Hsu, T. M., & Kanoski, S. E. (2014). Blood-brain barrier disruption: Mechanistic links between Western diet consumption and dementia. Frontiers in Aging Neuroscience, 6, 88. http://doi.org/10.3389/fnagi.2014.00088
– Liang, J., Matheson, B., Kaye, W., & Boutelle, K. (2014). Neurocognitive correlates of obesity and obesity-related behaviors in children and adolescents. International Journal of Obesity, 38(4), 494–506. http://doi.org/10.1038/ijo.2013.142
– Stacy Lu. Obesity and the growing brain. June 2016, Vol 47, No. 6.
– Ely, A.V.; et al. The Binge and the Brain. Cerebrum. 2015 Sep-Oct; 2015: cer-12-15.
– Pankevich, D.E.; et al. Caloric restriction experience reprograms stress and orexegenic pathways and promotes binge-eating. J Neurosci. Author manuscript; available in PMC 2011 Jun 1.
– Chen, Z.; et al. Body Mass Index, Waist Circumference, and Mortality in a Large Multiethnic Postmenopausal Cohort-Results from the Women's Health Initiative. Journal of the American Geriatrics Society, 2017.
Obesity harms women's memory and brain function.
– Alberti KG, Zimmet P, Shaw J. The metabolic syndrome–a new worldwide definition. Lancet. 2005; 366: 1059-62.
– Carnier, J, Lofrano MCPrado WLCaranti DAde Piano ATock Ldo Nascimento CMOyama LMMello MTTufik SDâmaso AR. Hormonal alteration in obese adolescents with eating disorder: effects of multidisciplinary therapy. Horm Res, 2008, v. 70(2), 79-84.
– Corgosinho FC, de Piano A, Sanches PL, Campos RM, Silva PL, Carnier J, et al. The role of PAI-1 and adiponectin on the inflammatory state and energy balance in obese adolescents with metabolic syndrome. Inflammation. 2012, 35(3), 944-51.
– Luna-Luna M, Medina-Urrutia A, Vargas-Alarcón G, Coss-Rovirosa F, Vargas-Barrón J,Pérez-Méndez Ó. Adipose Tissue in Metabolic Syndrome: Onset and Progression of Atherosclerosis. Arch Med Res. 2015; 46(5):392-407.
– Parekh PJ, Arusi E, Vinik AI, Johnson DA. The role and influence of gut microbiota in pathogenesis and management of obesity and metabolic syndrome. Front Endocrinol. 2014; 5:47.
– Reaven GM. Banting lecture. Role of insulin resistance in human disease. Diabetes. 1988; 37:1595 e1607.
– Sanches PL, Tock, L, Dâmaso AR. Obesidade. In:Dâmaso AR. Nutrição e exercício na prevenção de doenças. São Paulo: editora Guanabara Koogan, 2012. P.161-167.
– Velho S, Paccaud F, Waeber G, Vollenweider P, Marques-Vidal P. Metabolically healthy obesity: different prevalences using different criteria. Eur J Clin Nutr. 2010; 64:1043–1051.
– World Health Organization. Obesity and overweight. 2015.
– World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Geneva; 2010.
– Donnelly, J. E., Blair, S. N., Jakicic, J. M., Manore, M. M., Rankin, J. W., Smith, B. K., & American College of Sports, M. (2009). American College of Sports Medicine Position Stand. Appropriate physical activity intervention strategies for weight loss and prevention of weight regain for adults. Med Sci Sports Exerc, 41(2), 459-471. doi: 10.1249/MSS.0b013e3181949333-
– Garber, C. E., Blissmer, B., Deschenes, M. R., Franklin, B. A., Lamonte, M. J., Lee, I. M . American College of Sports, M. (2011). American College of Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Med Sci Sports Exerc, 43(7), 1334-1359. doi: 10.1249/MSS.0b013e318213fefb
– Gibala, M. J., Little, J. P., Macdonald, M. J., & Hawley, J. A. (2012). Physiological adaptations to low-volume, high-intensity interval training in health and disease. J Physiol, 590(5), 1077-1084. doi: 10.1113/jphysiol.2011.224725
– Stoner, L., Rowlands, D., Morrison, A., Credeur, D., Hamlin, M., Gaffney, K., . . . Matheson, A. (2016). Efficacy of Exercise Intervention for Weight Loss in Overweight and Obese Adolescents: Meta-Analysis and Implications. Sports Med. doi: 10.1007/s40279-016-0537-6
– Tapsell, L. C., & Neale, E. P. (2016). The Effect of Interdisciplinary Interventions on Risk Factors for Lifestyle Disease: A Literature Review. Health Educ Behav, 43(3), 271-285. doi: 10.1177/1090198115601092
– Thorogood, A., Mottillo, S., Shimony, A., Filion, K. B., Joseph, L., Genest, J., . . . Eisenberg, M. J. (2011). Isolated aerobic exercise and weight loss: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Am J Med, 124(8), 747-755. doi: 10.1016/j.amjmed.2011.02.037

 

Sobre a autora

Paola Machado é fisiologista do exercício, formada em educação física modalidade em saúde pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), mestre em ciências da saúde (foco em fisiologia do exercício e imunologia) e doutoranda em nutrição pela UNIFESP. É autora do Livro Kilorias - Faça do #projetoverão seu estilo de vida (Editora Benvirá). Atualmente, atua como pesquisadora, desenvolvendo trabalhos científicos sobre obesidade, e tem um canal de desafios (30 Dias com Paola Machado) onde testa a teoria na prática. Também é fundadora do aplicativo aplicativo 12 semanas. CREF: 080213-G | SP

Sobre a coluna

Aqui eu compartilharei conteúdo sobre exercício e alimentação para ajudar você a encontrar o caminho para um estilo de vida mais saudável. Os textos são cientificamente embasados e selecionados da melhor forma possível, sempre para auxiliar no seu bem-estar. Mas, lembre-se: a informação profissional é só o primeiro passo da sua nova jornada. O restante do percurso depende 100% de você e da sua motivação para alcançar seu objetivo.