Síndrome das pernas inquietas: saiba o que é e como tratar problema
Você tem uma vontade incontrolável de movimentar as pernas? Sente sensações incômodas ao ficar quieto e elas melhoram, pelo menos por um tempinho, quando se mexe? Então, pode ser que sofra da síndrome das pernas inquietas (SPI), uma desordem neurológica sensório-motora.
O problema é caracterizado pelo desejo de movimentar as pernas, podendo estar ou não associado a uma "dormência", um "formigamento" ou desconforto nos membros inferiores. Os sintomas aumentam com o descanso, melhoram com a atividade e pioram no final da tarde ou da noite.
A síndrome ainda afeta o sono. Por isso, também é possível notá-la quando a noite de descanso não é suficiente. Isso faz com que a pessoa esteja sempre cansada, prejudica a concentração em atividades cotidianas e prejudica o humor. O parceiro reclamar que suas pernas não param de se mexer durante a noite é outro indicador do problema.
O problema acomete mais mulheres que homens, mais ocidentais que orientais e tem maior prevalência em grávidas, pessoas com falência renal, deficiência de ferro e idosos. Há também indícios de histórico familiar com fatores genéticos envolvidos.
Quais as causas e como tratar?
A síndrome das pernas inquietas primária é a mais comum, sendo uma condição para a vida toda e que os sintomas pioram com o tempo. Sua causa ainda não está muito bem elucidada. Já a SPI secundária é provocada por alguma outra condição patológica ou por alguns medicamentos –para falência renal, diabetes, Parkinson e artrite, por exemplo. Os sintomas desaparecem quando a pessoa melhora da doença ou quando deixa de usar o remédio.
O tratamento tem de ser indicado por um médico especialista, que prescreverá fármacos de acordo com os sintomas do paciente. Já o tratamento não medicamentoso, de acordo com estudos, consiste em identificar fatores que agravam os sintomas, de forma a modificá-los ou eliminá-los, como:
- Evitar o consumo de substâncias que podem piorar a síndrome, como álcool, cafeína, nicotina, antidepressivos de uso indiscriminado etc.;
- Realizar exercícios moderados ao longo do dia e atividades mentais, como quebra-cabeça, palavras cruzadas, caça-palavras e jogos que estimulem a capacidade de raciocínio nas horas de descanso;
- Adotar bons hábitos de sono, com uma rotina de horários fixos para se deitar e se levantar;
- Restringir a cama apenas para dormir e para intimidades –não para ver televisão;
- Evitar atividades perturbadoras antes de dormir e noites sem dormir;
- Manter o quarto em silêncio e escuro;
- Não usar celular na cama antes de dormir.