Topo

Gosta de tomar sopa no inverno? Pela sua saúde, fuja das industrializadas

Paola Machado

10/06/2018 04h00

Crédito: iStock

O inverno está aí e com ele a vontade de tomar uma sopinha à noite. As sopas podem ser ótimas para sua saúde, mas desde que sejam feitas com matérias primas adequadas, ou seja, alimentos naturais. Pensando nisso, elenquei alguns motivos pelos quais você deve passar longe das sopas industrializadas de pacotinho.

  • Excesso de sódio: a maioria das sopas industrializadas em pó contém uma quantidade elevada de sódio. O excesso de sódio se relaciona ao aumento da pressão arterial e a retenção de líquidos.
  • Presença de glutamato monossódico: essa substância é usada como realçador de sabor, e está relacionada ao desenvolvimento de alterações metabólicas, como resistência à insulina e diabetes.
  • Gordura vegetal hidrogenada: sinônimo de gordura trans, que em excesso se relaciona a alterações metabólicas, como aumento de colesterol LDL, redução de HDL, resistência à insulina e geração de processos inflamatórios.
  • Baixa quantidade de proteínas: o que confere pouca saciedade e não contribui com as necessidades diárias de proteínas para uma refeição.
  • Ausência de fibras: as fibras auxiliam na saciedade, possuem funções importantes no funcionamento do intestino e no controle da carga glicêmica da refeição.
  • Presença de aditivos químicos: acidulante, corantes e aromatizantes.

Algumas dicas para criar uma sopa nutritiva

  • Use verduras e legumes frescos: são excelentes fontes de vitaminas, minerais, antioxidantes e compostos bioativos.
  • Use uma fonte de carboidratos: batata, mandioca, macarrão integral ou mandioquinha.
  • Use uma fonte de proteína: carne magra ou frango.
  • Use temperos naturais: alho, cebola, salsinha, cebolinha, alho poró, açafrão da terra em pó, aipo, manjerona, orégano, curry, etc. são fontes de compostos bioativos que modulam diversos processos metabólicos em nosso organismo.
  • Leguminosas: feijão, lentilha e grão de bico também podem ser usados e contribuem com micronutrientes e proteínas na refeição.

*Colaboração Nutricionista Dra. Deborah Masquio (UNIFESP) 

Referências:
– ERB, J. Areport on the toxic effects of the food additive monosodium glutamate to the Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives. Canadian, 2006.
– FAO/WHO. Toxicological evaluation of food additives with a review of general thprinciples and specifications. 17Report of the Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives. FAO Nutrition Meetings Report Series n.53, WHO Technical Reports Series n. 539, 1974.
– HE,K.,ZHAO,L.,DAVIGLUS,M.L.,DYER,A.R.,HORN,L.V.,GARSIDE,D. Association of monosodium glutamate intake with overweigth in Chinese adults. The Intermap Study. Obesity,16(8), pp. 1875-1880, 2008.
– FDA- Food and Drug Administration Data-base of Select Committee on GRAS Substances(SCOGS) Reviews, 2006. Disponível em: <http://www.fda.gov/Food/FoodIngredientsPackaging/GenerallyRecognizedasSafeGRAS/GRASSubstancesSCOGSDatabase/default.htm> Acesso em: 13 dez. 2010.
– Liu, S.N.; et al. A preliminar study on the mechanism of impaired beta cell function in monosodium glutamate obese rat with insulin resistance. Yao Xue Xue Bao. 2008.
– Insawang, T.; et al. Monosodium glutamate (MSG) intake is associated with the prevalence of metabolic syndrome in a rural Thai populacion. Nutr Metab (Lond). 2012.
– Diniz, YS; et al. Monosodium glutamate in standard and high-fiber diets: metabolic syndrome and oxidative stressin rats. Nutrition. 2005.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Gosta de tomar sopa no inverno? Pela sua saúde, fuja das industrializadas - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre a autora

Paola Machado é fisiologista do exercício, formada em educação física modalidade em saúde pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), mestre em ciências da saúde (foco em fisiologia do exercício e imunologia) e doutoranda em nutrição pela UNIFESP. É autora do Livro Kilorias - Faça do #projetoverão seu estilo de vida (Editora Benvirá). Atualmente, atua como pesquisadora, desenvolvendo trabalhos científicos sobre obesidade, e tem um canal de desafios (30 Dias com Paola Machado) onde testa a teoria na prática. Também é fundadora do aplicativo aplicativo 12 semanas. CREF: 080213-G | SP

Sobre a coluna

Aqui eu compartilharei conteúdo sobre exercício e alimentação para ajudar você a encontrar o caminho para um estilo de vida mais saudável. Os textos são cientificamente embasados e selecionados da melhor forma possível, sempre para auxiliar no seu bem-estar. Mas, lembre-se: a informação profissional é só o primeiro passo da sua nova jornada. O restante do percurso depende 100% de você e da sua motivação para alcançar seu objetivo.